Apresentação da Revista Correspondência Internacional n° 54

“Trump o magnata do Caos”

Na atual conjuntura internacional, há várias palavras que estão sendo repetidas na mídia e nas declarações de políticos e analistas burgueses. Entre elas, estupor, terremoto, Armagedom, hecatombe, tremor e incerteza. Caos talvez seja a mais utilizada. Chegou até a sair na capa da The Economist, com fotos de Trump ao fundo.

Tudo isso está acontecendo ao redor do mundo devido às políticas do ultradireitista Donald Trump. O presidente dos EUA virou o tabuleiro do capitalismo. Está quebrando todos os acordos políticos e econômicos que estavam em vigor, para o bem ou para o mal, desde o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945. O ápice do caos é a “guerra tarifária” global, que está deixando desconcertados seus próprios aliados nas multinacionais, em Wall Street e no FMI. As ações de Trump são tão caóticas e imprevisíveis que o leitor poderá se deparar com o fato de que muitas das coisas ditas aqui já mudaram.

Esta edição de Correspondencia Internacional tem uma longa seção dedicada ao significado de fundo desse caos ou hecatombe do capitalismo. Retomamos as definições da edição especial de abril de 2024, em que foram compartilhadas as conclusões do Oitavo Congresso Mundial da UIT-QI, realizado em dezembro de 2023 [1]. Nesse congresso, definimos que vivemos a mais grave crise capitalista da história.

Hoje isso está se tornando cada vez mais evidente. Os grandes capitalistas e banqueiros, e seus governos, estão aterrorizados com a quantidade de dinheiro que estão perdendo. Porém, as consequências desse caos serão sentidas pela classe trabalhadora e pelos povos explorados do mundo, que terão que arcar com os custos do desastre.

É por isso que, para os socialistas revolucionários, o mais importante é apoiar e encorajar as mobilizações de massa, as greves operárias e as rebeliões para derrotar os planos de pilhagem, exploração e colonização do ultradireitista Trump. E isso já começou com as greves gerais na Grécia e na Argentina, os protestos no Panamá e as 1.200 manifestações que ocorreram em mais de 50 cidades dos EUA. Esse é o caminho para derrotar Trump, Elon Musk, Meloni e Milei.

[1] Veja a edição especial em espanhol em uit-ci.org e em português com nossa militância.

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